sexta-feira, 15 de abril de 2016

Sozinha.


Sozinha com minha mente que não para de mudar, eu nunca achei que fosse gostar de estar só. - Sozinha: Manu Gavassi.

 Lembro de quando entrei por aquele portão de mãos dadas com você, era uma menina cheia de sonhos e também cheia de inocência, eu tinha idealizado todo nosso futuro e realmente acreditava naquilo. 

Acontece que a vida deu varias voltas e em uma dessas voltas nós seguimos caminhos diferentes, fiquei um tempo perdida mais depois de muitas lagrimas eu me encontrei novamente, então comecei a pensar que aquele clichê de que "tudo se ajeita com o tempo", talvez faça sentido.

Depois de tanto andar e tropeçar, eu comecei a enxergar além dos espinhos, vi que também existiam rosas e vi que o pequeno príncipe estava certo, é loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou!

Então as cores começaram a surgir novamente...
Porém, eu não via mais sentido em alguns moveis parados na minha sala, então comecei a mudar eles de lugar e a me desfazer de alguns,  eles simplesmente não se encaixavam mais, era como um sapato menor que o número do meu pé, estava me apertando e causando dor. 

As vezes sinto falta deles, mais hoje em dia eu sei que certas perdas são necessárias.
Não sei dizer ao certo porque estou te mandando essa carta, só queria te dizer que eu cresci, mudei meus princípios e que hoje sei que existem mãos que se encaixam com a minha melhor do que a sua e que na verdade eu não preciso de uma metade, sou completa, preciso de alguém que me transborde.